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PAJÉ TXANA MASHÃ

DA FLORESTA
PARA O MUNDO

Em meio à floresta amazônica, numa área na fronteira do Acre com o Peru, vive o povo Huni Kuin.

O Pajé Txana Mashã pertence à Terra Indígena Kaxinawá, que fica localizada nas terras altas entre os rios Humaitá e Muru, no município de Tarauacá. Atualmente a terra Kaxinawá do Rio Humaitá é composta por aproximadamente 650 indígenas Huni Kuin, distribuídos em seis aldeias, sendo cada uma delas representada por lideranças de diferentes categorias sociais, como agentes de saúde, professores, pajés, artesãos, parteiras, entre outros.

 

Txana faz parte, especificamente, da primeira aldeia que leva o nome de Mati Txana Mukaya, ou Aldeia Vigilante em português, composta por aproximadamente 25 famílias no total de 140 pessoas. Graduado em letras, atuou como professor durante 18 anos, ofício acadêmico que hoje acompanha indiretamente, e que foi fundamental para compartilhar os ensinamentos de seu povo pelo mundo.

 

Diante de todo esse contexto, se tornou um forte líder e articulador, dentro e fora de sua terra. Além disso, zela e pratica os conhecimentos e saberes ancestrais da tradição do seu povo Huni Kuin, que são voltados para o mundo da espiritualidade por meio dos rezos tradicionais, histórias e rituais com as poderosas e curativas medicinas sagradas da floresta.

 

Baseado na filosofia de ensinar e aprender juntos, o líder indígena busca manter vivas e íntegras todas as expressões culturais e identitárias da sua terra, guardadas na mente e no coração do pajé. Aliás, Txana é um pássaro, conhecido no português como Japinim, que tem a habilidade de imitar o som de todos os outros pássaros.

PROPÓSITO E RITUAL

Atualmente esse trabalho se tornou uma missão de grande responsabilidade para Txana Mashã, que vem ganhando força e crescendo pelas cidades e pelo mundo. Países como Estados Unidos, México, Peru, Portugal, Alemanha, Espanha, Egito, Líbano, Nova Zelândia e Suíça já receberam a visita do pajé, inclusive.

Fortalecendo o movimento, Txana traz consigo também outras lideranças de seu povo, que carregam, através de suas histórias e formações, a preparação necessária para que possam auxiliá-lo durante os rituais. As cerimônias seguem uma espécie de “roteiro” que tem começo, meio e fim e são conduzidas de forma simples e segura por Txana. Tudo tem um porquê de ser durante o ritual.

 

As medicinas consagradas são:

Nixi Pae (Ayahuasca): Chá feito a partir da infusão de duas plantas amazônicas: o cipó-jagube e o arbusto-chacrona, que tem o poder de expandir a consciência em um profundo trabalho de autoconhecimento.

 

Shãtsamati (Sananga): colírio medicinal feito à base de raízes de plantas e água, e aplicado diretamente nos olhos. Tem a função de preservar a saúde ocular e evitar enfermidades como glaucoma e catarata, afastar e nos proteger das energias negativas e abrir os caminhos dos bons sonhos e mirações, trazendo boa sorte em todos os sentidos.

 

Rume Reshke (Rapé): pó fino feito de tabaco juntamente com um composto de cascas de árvores, ervas e outras plantas. Inalado pelo nariz, o rapé oferece o benefício de tratar doenças respiratórias e enxaqueca, além de trazer firmeza e limpeza energética de grande poder.

 

Além das defumações espirituais, estão presentes também os singulares rezos e cantos, esses últimos geralmente regados ao som de violões, tambores e maracas, que são algo imaterial dos seres sagrados chamados de Yuxibus. Tais seres tiveram o poder de se encantar e habitar em cada parte deste planeta, como o céu, a terra, o mar e as florestas e assim os invocamos para os ver, ouvir e sentir o que eles têm a nos oferecer sobre o mundo da espiritualidade.

 

Dessa forma, nós seres humanos, podemos nos relacionar com tudo que foi manifestado pelo Criador, por meio desses sagrados cantos e rezos. Consagrar as medicinas, vindas diretamente da fonte da sabedoria ancestral da natureza, é uma experiência transformadora. Se você sente o chamado de abrir seu espaço e seu coração, Txana Mashã te convida a encontrarmos juntos as respostas e seguirmos evoluindo nesse mundo da espiritualidade.

OUTRAS PRÁTICAS RITUALÍSTICAS

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KÃPŪ*

Uma pequena dose da substância altamente tóxica secretada pela rã-kambô é aplicada como uma vacina na pele e age através da corrente sanguínea. O Kãpū faz parte das práticas de saúde indígenas para limpar o organismo de maneira profunda e fortalecer o sistema imunológico, retirar a preguiça e a indisposição (panema) e vem sendo utilizada como prática complementar em saúde para doenças autoimunes como a fibromialgia, auxiliar na redução dos enjoos em pacientes com câncer, etc. Sua atuação é completa nos corpos físico, emocional, mental e energético.

*Valor cobrado a parte da Cerimônia Tradicional Huni Kuin.

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HÃPAYA*

É um ritual muito sagrado na cultura Huni Kuin. O ritual é feito com rezas, cantos e um macerado de pimenta malagueta (yutxi), que o pajé vai passando na língua do iniciado com o bico do pássaro Txana, um pássaro que imita o canto de todos os pássaros. A prática é, portanto, um ritual para se ''abrir o canto'' e ''acender a memória'' dos cantadores, para que eles consigam ser porta-vozes de todos os sons da floresta, dos rezos e dos espíritos. Indicado para pessoas que desejam se tornar mestres de canto e reza, o Hãpaya traz benefícios na comunicação, expressão e aprimoramento do raciocínio.

*Valor cobrado a parte da Cerimônia Tradicional Huni Kuin.

SÍTIO FAROLETE

O Sítio Farolete está situado em Araçariguama, onde o trabalho é realizado ao ar livre, com a possibilidade de desfrutar de uma agradável fogueira. Em caso de condições climáticas adversas, há um salão a poucos metros do local. No entanto, o mais importante é se sintonizar com a energia do ambiente e torcer para que o tempo esteja a nosso favor. Independentemente das condições climáticas, posso afirmar que a experiência é incrível.

Fogueira

QUERO PARTICIPAR

Preencha a ficha de anamnese através do link, após o preenchimento da ficha entraremos em contato com você.

Caso faça uso de algum medicamento de uso continuo, segue link para conferir se há interação com Ayahuasca 

DIETA DE PREPARAÇÃO

O QUE LEVAR PRA CERIMÔNIA?

  • Durante o ritual, é comum que a temperatura fique mais fria, por isso recomendamos que os participantes se agasalhem e tragam um cobertor ou roupas confortáveis. Além disso, teremos fogueira para ajudar a aquecer.

  • É importante que cada participante traga consigo um rolinho de papel higiênico, uma garrafinha de água mineral e um saquinho para coletar o próprio lixo.

  • Para acomodação no local, sugerimos que os participantes tragam um colchonete ou cadeira de praia/camping.

  • Instrumentos musicais são bem-vindos durante a cerimônia, desde que utilizados com respeito e harmonia com o ambiente.

  • Sejam todos muito bem-vindos, que venham no amor e na paz. Haux haux.

NÃO É PERMITIDO

  • Durante o ritual, é importante que os participantes se concentrem no que vieram buscar e evitem distrações, como o uso do celular para gravar áudios, vídeos ou tirar fotos.

  • Não é permitido dormir durante a cerimônia e é essencial que todos os participantes estejam sóbrios para vivenciar a experiência.

  • Fumar cigarros dentro do círculo de rezo não é permitido, assim como entrar na mata, no lago ou na piscina durante a cerimônia.

  • Também é importante permanecer no círculo de cura durante todo o trabalho e não ir embora antes do encerramento.

  • Os participantes devem evitar gritar ou tocar instrumentos em volume muito alto, respeitando a sensibilidade dos demais.

  • Por fim, se desejar compartilhar alguma música durante o ritual, seja um rezo ou ponto, é essencial seguir a linha nativa da floresta, evitando músicas que não estejam de acordo com a tradição Huni Kuin. Além disso, é importante não fazer limpeza (vômito) no círculo de cura.

PRÓXIMO TRABALHO

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